Marechal Thaumaturgo teria ficado sem comunicação por
04h00min e os únicos meios de comunicações que se mantiveram em funcionamento
foram denunciados no Ministério Público.
O município de Marechal Thaumaturgo é um dos mais distantes
da capital acreana, fica na fronteira do Brasil com o Peru, espaço aberta para possíveis
tráficos de Drogas, na maioria das vezes, é desassistido pelo poder Judiciário
e de Políticos Federais, um município de difícil acesso, as únicas vias de transporte
são o rio e o espaço aéreo, cidade pequena, mas aconchegante onde os moradores
sobrevivem do funcionalismo público e privado, da agricultura familiar, do
extrativismo vegetal, da pecuária da piscicultura e de trabalhos
alternativos.
O que aproxima as pessoas da cidade de Marechal Thaumaturgo com
as demais pessoas nas diversas comunidades rurais, nos bairros da cidade e até
mesmos em outros municípios, estados ou países, são os meios de comunicações,
mas passam por problemas técnicos e na maioria das vezes não funcionam.
Por exemplo, a Rádio Juruá FM, no momento é o meio de comunicação
mais atrativo da cidade. Os locutores Marcos do Brabo, Adjames Lima, Larissa
Alemão e Donicélio Nunes em semanas anteriores, faziam a interatividade com os
ouvintes da cidade e do interior pela frequência da FM 88.5, mas a referida
Rádio está parada a mais de 15 dias por problemas técnicos.
Outros meios de comunicações atrativos são a internet, o
telefone fixo e móvel, mas passam por constantes quedas de sinal. Nesta
quinta-feira (06), os meios citados passaram mais de 04h00min sem utilidade. O
sinal da Oi caiu e os moradores passaram das 11h50min as 16h00minh sem utilizar
o celular, o telefone e a internet.
Com tantos problemas
em comunicação no município de Marechal Thaumaturgo, na tarde de quinta-feira, as
bocas de ferro foram os únicos meios de comunicações que ficaram disponíveis para
os moradores mais distantes da capital acreana. A população que tem mais de
14.000 habitantes que precisa de alternativa, de oportunidade e renda, em vez
de ouvir critica de político que implora pelo o poder, prefere soluções
imediatas para os problemas existentes.
Todos os dias, exceto nos domingos, mas em horários sugeridos
e controlados pela Polícia Civil, os moradores da cidade de Marechal
Thaumaturgo ouvem as informações locais, transmitidas pelos locutores Marcos do
Brabo e Donicélio Nunes que mantém as tradições da cidade com avisos
religiosos, mensagens aos destinatários, propaganda comercial, anúncios de
viagens, anúncios de reuniões sociais, mensagens de aniversário e outros.
Mas ultimamente, se ouve falar na cidade que uma senhorita
que se apresentou no município em uma reunião política dizendo ser servidora da
Polícia Federal e pré-candidata a Deputada Federal que em vez de agradecer,
denunciou ao Ministério Público os meios de comunicações (bocas de ferro) que estão
para servir a comunidade e inclusive anunciou a reunião política citada. A
confirmação da denúncia foi publicada em uma carta no Facebook pela própria
denunciante no dia 25 de Janeiro de 2014 que inclusive fez muitas criticas do
município sem sugerir alternativas ou soluções para os problemas citados e se
posteriormente citar alternativas, supostamente será para seu interesse próprio
ou político.
“Salve os bocas de Ferro”... Disse o taxista Zequinha.
A sociedade thaumaturguense entende que à servidora tem necessidade
de ética e precisa ter zelo pela sigla do seu partido político e pela
instituição federal em que exerce suas funções profissionais.
“Essas bocas de ferro servem a “todos” desse município,
principalmente as entidades religiosas, políticas, sociais e judiciárias, mas
tem gente que gosta de cuspir no prato que come. Nesta terça-feira (04) fiz um aviso
que uma criança de três anos estava procurando o pai sem saber o caminho de
casa. A garotinha dizia se chamar Estefani. Fui informado pelo Jornalista
Adjames Lima que a criança estava sob a proteção de sua esposa. Após avisar,
passou-se 5 minutos e a esposa de Adjames retornou a ligação dizendo que o pai
da menor ouviu o aviso e foi busca a criança. Já fiz avisos comparáveis a esse
em dias anteriores ate as 23h00min e sempre as crianças ditas desaparecidas foram
encontradas, também fiz avisos de crianças esquecidas nas escolas por suas
famílias no final do horário letivo. De repente aparece em Thaumaturgo uma
jovem, aparentemente inteligente, mas desprovida de ética e sensibilidade que
supostamente ouviu boa parte de pessoas descompromissadas com nossa gente e
toma a decisão precipitado de falar mal de quem o ajuda e denunciar quem não
merece, nos determinando horários que já cumprimos e quando descumprimos é por
uma causa humana ou para o interesse de um de nossos semelhantes, nos ameaça
com abuso de poder dizendo saber leis que não conhecemos, querendo nos enjaular
nos submetendo a obedecer aos seus caprichos. Como será se fechar as bocas de
ferro como quer a servidora da Federal e uma criança desaparecer? Por exemplo,
um de nossos filhos? Será que a Deputada já eleita em Brasília vem a Marechal
Thaumaturgo procurar a criança? Precisamos que nossos políticos nos tragam
soluções para nossos problemas de comunicação, saúde, educação, drogas,
corrupção e outros e não criticas sem soluções”.
Em Marechal Thaumaturgo, as bocas de ferro foram estaladas
primeiramente pelo ex-vereador Antonio Cristovão no ano de 2002 nas
proximidades da Avenida Cinco de Novembro, depois com crescimento Urbano, foram
transferidas para as proximidades da Rua Francisco Bonifacio e posteriormente
para as proximidades da Rua Francisco Bezerra onde hoje são mantidas por Marcos
do Brabo e Donicélio Nunes em dois pontos diferentes da cidade.
“Nós que aqui moramos sabemos mais que qualquer um (a) da
utilidade desses meios de comunicações”. Disse um popular.
Os moradores da cidade falam nos cantos das praças, e em seus
convívios familiares que as três coisas que mais incomoda os thaumaturguenses
são: políticos que aparecem de quatro em quatro anos dizendo ser “parentes” de
uns e “amigos” de todos, pessoas que se julgam crentes, mas que se intromete na
vida pessoal e profissional das demais pessoas e as leis federais que trata o
homem do campo por bandidos proibindo-os de plantar, criar e recuperar suas
casas.
“Não divulgo o nome de quem me persegue, assim eles me
esquecem com mais rapidez.”
Donicélio Nunes.