Na primeira semana do mês de Abril (dia 3), quatro amigos
(Glaucio Pedrosa, José Francisco Araújo, Pedro Vale e eu - Donicélio Nunes) nos deslocamos da cidade de Marechal Thaumaturgo rumo ao santuário de Nova Olinda.
Embarcamos em dois botes e guiados pelos motoristas Evaldo e
Francisco Roberto Dias, navegamos pelo Rio Juruá por 6 horas, entramos no Rio
Caipora onde viajamos por 2 horas e pernoitamos na Comunidade Prima Vera
(últimos moradores do Rio Caipora).
No segundo dia (04), continuamos a viagem e viajamos por mais
12 horas no Rio Caipora, passando por lugares pedrosos e cheios de paus.
Segundo os motoristas que nos conduziam, nunca viajaram com o Rio tão ceco (com pouca água). No mesmo dia, pernoitamos
na localidade Duas Bocas (local sem habitação humana), onde ancoramos os botes
e no dia seguinte (05) continuamos de pés por uma floresta densa onde os cantos dos pássaros, os gritos dos macacos, as quedas das cachoeiras, os ventos
fortes, as chuvas e o berro da onça eram os barulhos que ouvíamos.
Chegamos às 12 horas do dia 05 de Abriu ao Santuário de Nova
Olinda, fizemos nossas orações e retornamos para a Localidade Duas bocas no
mesmo dia. Certo que caminhamos por 10 horas, cinco para ir e cinco para retornar.
Pernoitamos na Localidade Duas Bocas e ficamos aguardando chuva para que podercimos viajar de volta.
Esperamos por três dias, nos alimentando do pouco que levamos, de peixes e de pequenos animais que podemos capturar. Certo que não aguentando
mais. Mesmo sem água com abundancia no Rio Caipora, decidimos voltar,
arrastando nossos botes por cima de paus e pedras.
Esse quarteto de amigos ficou na mata por três dias ha mais
que o tempo previsto.
- Com Deus e a natureza ninguém pode. Disse o empresário
Glaucio Pedrosa, líder da expedição do quarteto de amigos.
Escrito e vivenciado por Donicélio Nunes.Foto, Glaucio Pedrosa. "Passando por paus".
Foto, Pedro Vale."José Francisco, Glaucio Pedrosa e eu (Donicélio Nunes), tomando banho na primeira caxoeira do treixo".
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